Max Weber

Max Weber (alemanha 1864-1920):

Esse autor também é muito importante para a Sociologia. Junto com Durkheim e Karl Marx, eles são os chamados clássicos. Dificilmente, em um vestibular, eles não serão lembrados/cobrados.

Sua teoria é contraditória à de Durkheim sobre como funciona a sociedade.
Se para Durkheim a sociedade é maior que o indivíduo, isto é, que ela determina tudo, inclusive o que nós somos, Weber vem dizer o contrário disto.

Para ele as pessoas é que são determinantes, ou seja, não é a sociedade que nos molda e nos faz ser o que somos (como diz Durkheim), mas sim as pessoas é que dão a cara à sociedade, pois segundo ele a sociedade é feita por nós. Dito de outra maneira, é que a sociedade é assim porque nós a fazemos assim.

Mas quem estaria correto? Durkheim ou Weber?
Creio que o mais sensato é não tomarmos partido de nenhum, unicamente, mas juntá-los.

O modelo de Durkheim se aplica mais quando nascemos, pois realmente não sabemos nada e necessitamos que a sociedade, que existe antes de nós, nos molde e nos ensine a ser como somos, com os gostos, costumes, roupas, etc., do local.

Já quando somos mais adultos e já temos condições de concordar ou discordar com o que aprendemos, então começamos a aperar com o modelo de Weber, mudando o que não achamos legal e fazendo uma sociedade com nossa cara.

É um ciclo interminável, de sermos feitos (Durkheim) e de fazermos (Weber), e ambos nos ajudam a entender o processo.

A teoria de um, apenas, ficaria incompleta para entendermos a sociedade. Por exemplo, se tudo fosse como Durkheim diz, a sociedade de hoje poderia estar com a mesma cara de 200 anos atrás, sem mudanças, pois para ele a sociedade é que determina tudo.


Weber e a teoria da ação social:

Se são as pessoas que determinam o que a sociedade é, Weber propõe que estudemos as pessoas para entender o funcionamento da sociedade.

Para isso ele estabelece o que chama de tipo de ação social, que é um esquema de prováveis ações das pessoas. São quatro tipos e às vezes alguém esteja agindo por um deles ou mesclando com outros.

a) ação racional – boa para entendermos por que os políticos ficam tão bonzinhos nas épocas de campanhas políticas. Na verdade eles não se tornam bons, mas agem maquiavelicamente, ou seja, racionalmente para conquistar os votos do público. No dia seguinte do término da campanha, eles voltam a não nos cumprimentar mais pelas ruas.

b) ação tradicional – boa para entendermos por que certas pessoas agem repetindo ações de antepassados. Às vezes o indivíduo de hoje nem sabe por que faz tal tarefa, mas repete porque é uma tradição, fazendo uma “obra cega”.

c) ação por valores – essa é interessante para verificarmos ação de religiosos, éticos e moralistas que, por causa do valor (ou princípio) que segue sua vida fica remodelada diferentemente aos demais. Um exemplo disso seria uma jovem não querer se relacionar sexualmente antes do casamento por causa do princípio cristão.

d) ação afetiva – talvez esse tipo de ação seja a única, ou a mais provável, que anule a racionalidade. Uma mãe que não sebe nadar e que se joga no rio para salvar o filho que está se afogando é uma ação racional? Claro que não, mas sim afetiva, pois por um instante ela pensou somente com o coração e “se esqueceu” de que não sabia nadar para salvar o seu amado.

Weber propõe uma espécie de sociologia compreensiva, que tenta entender as ações dos indivíduos para se compreender o funcionamento social e propor mudanças.

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