Quantos negros juízes você conhece?

Por que há poucos negros em cargos importantes na sociedade?

Todos nós sabemos que os Negros foram escravizados no Brasil, certo?
E você sabe dizer quando é que eles foram “libertos”?

No ano de 1888, uma lei chamada “Áurea”, assinada pela Princesa Izabel, pôs fim aos tempos de escravidão.
E se nós estamos em 2014, são apenas 125 anos que o negro é considerado gente na sociedade que sempre foi comandada pelos brancos.

São só 125 anos!  Se formos verificar talvez haja gente viva com essa idade hoje!
E desde quando há gente aqui no Brasil? Ou no mundo? Com certeza há muito mais do que 125 anos.

Isso significa que enquanto o branco dominava tudo na sociedade, o negro estava preso na senzala sem escola, sem liberdade, sem direito a ser gente etc. Até alguns brancos diziam que eles não tinham alma e que, por isso, eram como se fossem animais e, portanto, poderiam ser escravizados.
Nossa! Só podia ser ideia de um branco pra fazer isso.

Agora pense... A partir da “libertação”, em 1888, os pobres irmãos negros não receberam nenhum tipo de auxílio que os fizessem estar no mesmo nível que os brancos. Apenas disseram a eles: “Agora vocês são como um de nós brancos”.
Conta outra, né?

Eles nunca tiveram escola na senzala, mal sabiam falar direito, não sabiam trabalhar com dinheiro e, ainda, eram rejeitados pelos brancos donos dos estabelecimentos comerciais da época que, jamais, deixariam de dar emprego para um branco estudado pra contratar um negro analfabeto.

Como resultado o negro não conseguia trabalho na cidade, e agora nem nas fazendas, pois com a  libertação dos irmãos negros os donos de terras começaram a contratar os Italianos que chegavam ao Brasil para trabalharem a troco de dinheiro (salário), bem diferente do regime de escravidão que era trabalho por comida e sem qualquer tipo de liberdade. E olha que se algum quisesse fugir da senzala, ou era morto, ou apanhava em praça pública pra servir de exemplo para os demais.

Não havia como o negro estar em igualdade de condições com o branco. E, tendo que se sustentar, encaravam os piores trabalhos que apareciam, quando apareciam. E quando ninguém os contratava pra trabalhar? Bom, é daí que muitos começaram a cometer delitos (furtos) para poderem sobreviver.
Em resumo, eles ficaram mais pobres que os pobres brancos. E tendo que cuidar do sustento, o estudo ficava sempre em segundo plano, diferente do branco.

Não é à toa que hoje há poucos negros em cargos importantes, como juízes, advogados, médicos, professores etc. E não é por falta de competência deles, mas sim porque 123 anos é muito pouco pra se reerguer de um regime imposto pela sociedade branca que pouco deu de chances àqueles que antes foram tratados como animais.  

Quer saber minha opinião sobre as cotas para negros nas universidades públicas?

Bom, gostaria que elas não existissem por causa de haver uma boa educação para todos. Mas como a educação pública ainda apresenta falhas e a maioria dos negros são alunos dessa escola, e muitas vezes das periferias, então prefiro que as cotas fiquem como estão. Isto porque nas universidades públicas o que mais tem lá é branco, e muitos deles ricos.
As cotas nas universidades tem servido para forçar uma correção do mal causado, sem dó nenhuma,  à sociedade negra.

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